A maioria das Barragens que abastecem o município de Gravatá estão transbordando de água

A cidade de Gravatá, distante 85 km do Recife, atualmente é abastecida por três barragens e conta com dois barramentos, e são eles: Brejinho, Clipper, Amaraji, Vertentes e Jucazinho. A falta de planeamentos e investimentos necessários da Companhia Pernambucana de Abastecimento (COMPESA) ao longo dos últimos dez anos tem refletido diretamente no fornecimento de água aos moradores da cidade.

Barragem Gravatá
Barragem Gravatá

O consumo de água da cidade é de pouco mais de 300 litros/segundos, número suficiente para suprir a demanda para 80 mil habitantes. No entanto, nos dias atuais e segundo dados levantados por especialistas no assunto, o fornecimento de água para a Estação de Tratamento de Água da COMPESA (ETA) é de 160 litros/segundo.

A barragem de Amaraji e Vertentes representam neste montante o total aproximado de 70 litros/segundo; a do Clipper 50 litros/segundo e por fim a de Brejinho 40 litros/segundo. A ETA Gravatá atualmente tem capacidade para tratar o volume aproximado de /litros.

A COMPESA está realizando uma obra que não trará nenhuma melhoria significativa ao abastecimento de água da cidade. O trecho que está sendo melhorado corresponde apenas entre a Barragem de Amaraji e o barramento de Vertentes em Chã Grande. Entre Chã Grande e Gravatá a adutora com aproximadamente 15 km permanecerá a mesma.

Este trecho construído há mais de 30 anos esporadicamente tem apresentado estouramentos provocados pela pressão da água e pelo desgaste natural da mesma, exceto o trecho de transposição entre Amaraji e Vertentes que está recebendo nova tubulação.

Só com a construção de uma nova adutora de 14 km entre a barragem de Amaraji e o barramento de Vertentes na cidade de Chã Grande. Entre Chã Grande e Gravatá nada vai mudar por enquanto.

Para solucionar de vez a falta de água na cidade, diante a crise hídrica e a seca que assola a região, seria necessário a construção de uma nova adutora que fosse calculada de modo que atendesse a demanda existente, a projeção futura de crescimento da cidade e a ausência do fornecimento de água de Jucazinho, hoje em colapso.

A construção desta adutora, levando em conta a distância, representaria uma economia de 50%, isto porque ela só teria aproximadamente 14 km, enquanto de Amaraji/Chã Grande/Gravatá tem aproximadamente 28 km de extensão.

A cidade de Gravatá uma é economicamente viável para a Companhia visto que apesar da falta de água, os clientes continuam efetuando o pagamento de suas faturas. Enquanto os investimentos e os planejamentos necessários não são feitos, a população continua sofrendo com a falta de água.

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