A invasão do Público em Sites de Notícias

Terremotos, atentados terroristas, furacões, enchentes, tsunamis. É impossível que algum meio de comunicação possua repórteres em todos os locais. E para tentar suprir essa necessidade, muitos sites recorrem à ajuda da Internet, mais especificamente dos internautas. São eles que atuam como correspondentes e descrevem o fato sob ótica local.

Um exemplo de página virtual que adota este sistema é o Portal G1 do Globo.com. Quando acontece um atentado, catástrofe natural ou notícia de grandes proporções, o portal disponibiliza um link na página principal, onde o internauta que está no local em questão pode descrever a situação, contar detalhes e enviar fotos e vídeos. Um caso recente que levou o G1 a tornar acessível o “link de ajuda” foi o risco de pandemia de gripe suína no mundo. Se o material enviado for aprovado, será publicado no site. Esse mesmo mecanismo vale para assuntos interessantes, como o de uma internauta que contou ter conseguido tirar um documento de identidade usando a camiseta de um clube de futebol.

Para o professor de pós-graduação, Walter Teixeira Jr., o uso dessa interatividade é benéfico, mas requer cuidado. “É preciso checar a veracidade das informações e do material enviado pelos internautas”, afirma.

O portal Terra também divulga parte das informações dadas pelo público. Neste caso, a página virtual possui uma seção específica para isso, o “Vc Repórter” [sic]. Podem-se enviar fotos, vídeos e outras informações. Diariamente o site exibe na capa uma imagem mandada por um participante. Em meados de abril, houve publicação da foto de inundação em uma rua da cidade de São José dos Campos, em São Paulo. A imagem gerou polêmica, já que alguns leitores informaram que a enchente nem era tão grande assim. Ou seja, a classificação da foto acabou colocada sob questionamento.

Teixeira Jr. esclarece que, como a malha de comunicação não é ampla, os sites jornalísticos precisam aderir aos internautas para divulgar a notícia em primeira mão. Somente depois, quando um repórter chegar ao local do fato, é que o assunto poderá ser apurado de forma correta e haverá publicação de matéria jornalística. A partir daí, essa reportagem poderá ser enriquecida com o material enviado anteriormente pelos internautas.

A chamada “Era Digital”, vivida pela atual geração, contribui e muito para a cobertura jornalistica de fatos. Mas, com certeza, é preciso atenção à banalização dos assuntos e arquivos enviados aos sites. O grande desafio é não sair publicando tudo o que é recebido com o objetivo de mostrar que determinado veículo está atento aos leitores e conta com a participação deles.

O trabalho jornalístico também deve ser valorizado e a matéria, adequada às regras de comunicação.

Minha paixão, desde criança, sempre foi me interar do que acontecia a minha volta. Conforme fui crescendo, em Pirassununga, SP, o interesse pelos jornais, revistas e TV só aumentava. Daí para a Faculdade de Jornalismo foi apenas um passo. Formei-me em 2004 na Universidade Metodista de Piracicaba, no interior paulista. No ano seguinte, viajei para Londres, onde pude estudar e trabalhar por 6 meses. Nas terras da rainha, eu cheguei ao nível avançado de inglês e ganhei habilidade no contato interpessoal graças aos trabalhos em cafeterias. Também houve um enorme crescimento pessoal. Assim que voltei ao Brasil, em agosto de 2005, coloquei meus conhecimentos jornalísticos em prática ao trabalhar como produtor de Internacional para o canal de notícias Bandnews, do Grupo Bandeirantes. Fui promovido um ano depois para editor de Internacional, cargo que ocupo atualmente. Minha mais nova aquisição curricular foi a Pós-Graduação em Comunicação Organizacional, pela Faculdade de Comunicação Cásper Líbero, em São Paulo, em outubro de 2008.

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