Turbine seu dinheiro com a queda da Bolsa
Conforme prometido na última semana, trataremos nesta e na próxima sobre estratégias para ganhar dinheiro com a baixa do mercado de ações provocada pela provável recessão mundial que teremos nos próximos meses.
Nesta última semana não tivemos notícias nada animadoras em relação à economia mundial: um importante banco de avaliação mundial reduziu sua estimativa de crescimento para o PIB mundial, o Bank Of América anunciou um corte de 3.500 vagas de trabalho, a França e a Alemanha não chegaram a um modelo que lhes dê segurança de socorrer o restante do bloco europeu que passa por problemas fiscais…
O fato é que nenhum órgão normativo ou investidor está com grandes expectativas em relação a um socorro “trilhonário” de última hora, portanto é preciso se preparar para uma eventual continuidade na queda das ações (me refiro a eventual pelo fato das ações brasileiras já estarem em “grande liquidação”).
Você já deve ter ouvido falar que muitas fortunas são feitas em momento de crises. Mas como isso acontece? Já ouviu falar em BTC? Isso mesmo! BTC é o Banco de Títulos da CBLC (que é a companhia que “guarda” todas as ações negociadas na BMF&BOVESPA), ou seja, a CBLC funciona como uma centralizadora entre compradores e vendedores no que tange a custódia dos ativos negociados (sim, suas ações não ficam nem com o banco nem com a corretora, ficam na CBLC que é uma empresa diretamente ligada a nossa Bolsa de Valores).
✔ Especialistas alertam sobre a situação hidrológica em Gravatá.
A CBLC criou o BTC para que investidores colocassem suas ações de longo prazo (doador de ações) a disposição para que outros investidores as aluguem (tomador de ações) pagando uma taxa de aluguel proporcional ao tempo em que permanecer com as ações (gira entre 0,2 a 3% ao ano para ações de 1ª linha). Refiro-me a investidores de longo prazo, pois o modelo mais comum de aluguel de ações é aquele onde o doador não especifica um prazo para o tomador devolver as suas ações.
O aluguel de ações funciona como um aluguel de veículo ou de um DVD, o “tomador” devolve apenas o bem alugado, independente do valor do bem, ou seja, se o tomador alugou 100 ações da empresa X, ele é obrigado a devolver 100 ações da empresa X, independente do preço da ação subir ou cair.
Vamos para a prática: Se eu acredito que a ação X vai cair, eu alugo 100 ações (não existe limite de quantidade) da empresa X (cotadas em nosso exemplo a R$ 10). A partir daí elas já estarão na minha conta sem que eu tenha pagado por elas (lembre-se que eu precisarei devolvê-las). Como eu acho que elas irão cair, eu as vendo (R$ 10 x 100 = R$ 1.000 de crédito em minha conta). Supondo que as ações X caíram 20%, ficando com sua cotação em bolsa a R$ 8 e eu decido encerrar essa minha operação, basta que eu as compre novamente (R$ 8 x 100 = R$ 800 de débito em minha conta). Resumindo, entrou R$ 1.000 e saiu R$ 800 da minha conta, ou seja, nessa operação eu tive um lucro de R$ 200 ou 20% em cima dos R$ 1.000. Depois é só devolver as ações ao doador e pagar a taxa do aluguel.
✔ Confira como foi o debate para a aprovação da LOA para o próximo ano.
As operações de venda estão cada dia mais comuns, principalmente nos momentos de crise e as baixas são muito mais intensas e rápidas do que as altas, portanto aproveite este momento como uma excelente oportunidade para fazer seu dinheiro crescer, pois a bolsa é boa para cima e para baixo, depende apenas de estar no lado certo. Lembre-se que enquanto uns choram os outros vendem lenços… Em qual lado você quer estar?